19.8.04

(IN) TEMPORALIDADES

Esta ânsia de escrever, quase doentia, por tudo e por nada leva-nos a elaborar os mais diferentes textos. Hoje apeteceu-me divulgar um dos meus mais recentes poemas. Numa época em que tudo se faz a correr, em que não há tempo para nada, o tempo é um tema aliciante. Eis o poema:

O tempo é a medida
de todos os nadas
num círculo de incógnitas,
desenhado no espaço
por entre inocentes
raios de sol matinais.
Todos os passados,
todos os presentes,
todos os futuros
são circunstâncias
pueris da existência
erguidas do imaginário.
O tempo é o vértice
da raíz quadrada
do infinito
na policromia
translúcida
do universo.
Esse tempo,
essência suprema
de horizontes
de eternidade
na plenitude
do absoluto.
Tempo, o odor
inebriante
de um vazio
em cinzas
gretando lábios
sedentos de beijos.
O tempo é o orvalho
de uma esperança
de auréolas douradas
adormecidas no azul,
embaladas em sonhos
de um silêncio musical.

10.8.04

É PRECISO DESCANSO

Segundo o que por aí consta, o nóvel primeiro-ministro, além de recrutar 16 guarda-costas como forma de dissuadir os cidadãos mais "chatos" de se aproximarem dele , terá também ordenado a paragem de umas obras que decorriam na zona onde estava a passar férias, no Algarve. Tais atitudes devem prender-se com as necessidades de descanso do nosso "primeiro".
Assim estará descansado com a segurança pessoal, tal como com o barulho provocado pelos trabalhos que decorrem em locais destinados ao turismo.
Não há dúvida que algumas pessoas nunca param de nos surprender. O "Pedrinho", como gostam de o tratar as "tias-fãs" da linha de Sintra, adorava banhos de multidão, do mesmo modo que gostava de frequentar discotecas das mais barulhentas que existem em Lisboa, ou em qualquer outro ponto do país.
Mas não é caso para alarmes, o homem não está doente.
O que acontece é que ele precisa de descanso enquanto (des) governa o país para daqui a dois anos voltar ao ritmo de antigamente, aos banhos de multidão e à barulheira dos locais de diversão mais "in".

8.8.04

BEM VINDO AO TRI...ÁLOGO

Tri...álogo será como que um neologismo da era das tecnologias. Digamos que se constitui como um espaço virtual em que duas ou mais pessoas reflectem, cruzam informações ou simplesmente participam lendo o que se encontra publicado, com o recurso à "despersonalidade" pessoal de um computador.

Na era da comunicação, o recurso às novas tecnologias tem permitido ultrapassar distâncias e dinamizar novos modelos de contacto. A conversa de café não morreu, mas mudou de características e adquiriu outras "virtualidades".

Este blog que pretende ser um espaço de reflexão, está aberto a todos, quer concordem ou não com as minhas opiniões. Escreverei apontamentos sérios ou mordazes, reflexões filosóficas ou literáraias, crónicas de "bem e mal dizer". Sobre música ou cinema não arriscarei a escrever porque sou "analfabeto" em tais áreas, por isso espero pela vossa colaboração.

Seja pois bem vindo ao Tri...álogo!