O Estado português recorreu à "golden-share" que mantêm na PT para evitar que os espanhóis da Telefónica adquirissem a posição da Vivo. Depois de um jogo do mundial, mais uma vez nos tivemos de confrontar com os nossos vizinhos castelhanos, agora no campo da economia, pelo domínio daquilo que alguns analistas consideram o mais importante activo da PT. Como não conheço em pormenor os activos ou passivos daquela, como de muitas outras, empresa também não posso fazer considerações muito profundas sobre o caso.
De qualquer modo, li algures que a manutenção da Vivo na PT e a intervenção do Estado ao impedir a sua venda era uma questão de interesse nacional. O primeiro-ministro, por outras palavras, parece ter concordado com isso e até o líder do maior partido da oposição, Pedro Passos Coelho comunga da mesma opinião, visto ter declarado que a alguns órgãos de comunicação social que o Estado deveria fazer uso da dita "golden-share". Daqui se deduz que certamente era mesmo do interesse nacional ficar com a Vivo.
E ainda que considere que os partidos se devem entender em muitas matérias, e que a economia hoje em dia é um assunto estratégico, faz-me confusão que não tenham o mesmo entendimento quando está em causa a economia das pessoas na perspectiva de reduzirmos os números da pobreza para baixo dos 20% dos portugueses, 1/5 como expressava o estudo que foi apresentado ontem à tarde! Não será isso um Interesse Nacional?