26.7.10

ABUSOS

Depois de um sábado e de um domingo razoavelmente bem passados, regressou mais uma vez a ordem normal das coisas, retorno ao trabalho. De certo modo foi a isto que nos educaram pelo menos na minha geração, pese embora hoje haja muita gente que despreza o trabalho! Ora acontece que esse é um factor que vai levar o Estado a adoptar uma medida radical. Eu que até hoje só estive quinze dias no desemprego desde os 20 anos, embora tivesse direito a 36 meses de subsídio, fico confuso com isso. Entre os quinze e os vinte anos ainda tive períodos, em diferentes momentos, de estar um mês ou dois desempregado, e sentia-me bastante mal com tal situação pelo que penso naquilo que sentirão os desempregados.
Porém há uns anos para cá, muita gente, mesmo da minha geração, começou quase a idolatrar o desemprego e sentir-se com direito a tudo e mais alguma coisa, sem dar à sociedade a sua quota parte de esforço, tornando-se "desempregados profissionais". Por isso agora quem não aceitar "o emprego conveniente" que lhe seja apresentado pelos Centros de Emprego, ver-se-á sujeito a perder o respectivo subsídio. Concordo e discordo! Concordo que para se ter algum apoio as pessoas devam fazer por merecê-lo! Discordo porque o conceito de "emprego conveniente" se deveria fundar nos conhecimentos do desempregado (caso não os tivesse, seria posto perante duas ou três alternativas, como a formação), e não segundo o padrão de um simples director de Centro de Emprego. Mas enfim foram os abusos que levaram a isto!

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