31.3.11

A DECISÃO

Afinal, a antecipação que ontem referi ainda é maior do que pretendia porque afinal a tal reunião é só amanhã e não hoje. No jogo das palavras pode dizer-se que foi uma antecipação antecipada o que aliás é a mesma coisa que parece estar a acontecer ao país. Anda-se a antecipar a desgraça com a antecipação das eleições, pois foi esta a decisão do Presidente da República!

Diga-se, aliás, péssima decisão. O Presidente deveria ter tomado uma posição de força, convidava cinco parlamentares do PS, quatro do PSD, três do CDS, dois do Bloco de Esquerda, dois do PCP e um dos Verdes e impunha-lhes a formação de um governo. Dir-me-ão que era anticonstitucional mas é mentira, bastava o presidente declarar o Estado de Emergência previsto na constituição que até poderia dar ordem de prisão aos convidados se eles se negassem a essa tarefa.

Quando se diz que o Presidente não tem poderes, ou é porque não se leu a constituição de modo correcto, ou porque há alguns teóricos que pretendem que o presidente não os possa utilizar na sua plenitude. É certo que em alguns casos não se justifica um uso tão radical dos ditos poderes, porém neste caso concreto, o Presidente deveria ter ido até ao extremo. Já que os partidos estremaram posições, ele fazia o mesmo com uma outra decisão. Não teve coragem para tanto ou não lhe interessou?

1 comentário:

Anónimo disse...

Penso que não teve coragem para isso.