24.4.10

ESCRITORES

Consegui meia dúzia de minutos para vir aqui escrever umas coisas! Ontem à noite, o debate foi espectacular, com a participação de oito escritores tomarenses de diferentes gerações. De certo modo só quatro são mesmo tomarenses, nascidos e criados os restantes são-no por afinidade, por opção ou devido a circunstâncias da vida. Uma angolana, um bracarense, um lisboeta e um algarvio, que aqui aportaram há alguns anos, adoptando e acarinhando esta terra como sua e aqui se fizeram escritores. No debate de ontem quase que chegámos a uma conclusão consensual ao entender a auto-censura muito mais evidente na nossa escrita, do que a existência de uma censura institucionalizada por parte das editoras ou do poder, ainda que as limitações económicas possam ter um efeito censório.
Hoje outra escritora tomarense, ela assume-se como tomarense, embora tenha nascido em Coimbra (porque na época não havia maternidade em Tomar, como faz questão de afirmar) e desde os quatro anos viva em Lisboa. Inês Pedrosa (directora da Casa Fernando Pessoa) fez questão de falar para toda a gente e deixar descobrir aquele brilho no olhar de alegria de quem volta à terra mãe. Falou de Tomar com emoção, de livros com paixão e da realidade da literatura com a razão. E os outros escritores tomarenses saudaram a sua presença com um grande agradecimento e muita satisfação!

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