27.4.10

"... AI EU NÃO CONSEGUIA!"

Não vendi muitos livros, nas duas feiras do livro do passado fim-de-semana, mas no entanto foi agradável estar em qualquer uma delas. No debate de sexta-feira à noite a troca de experiências e de perspectivas de uns mais velhos que eu e de outros mais novos enriqueceu-me bastante, dado estar no meio de contextos geracionais diferentes.
No debate de sábado, em Aboboreiras, falar para uma plateia essencialmente jovem foi mais difícil, porque num primeiro momento ficaram em silêncio mas depois quando começaram a falar parecia que queriam saber tudo e os meus conhecimentos também não chegam a tanto, muito embora não tivesse deixado nenhuma pergunta sem resposta.
Já quanto às sessões de autógrafos, deram pelo menos para falar com muita gente que julga que quem escreve está "lá em cima num pedestal", pese sermos humanos como as restantes pessoas e tenhamos os mesmos defeitos e virtudes, tendo apenas esse dom e vontade de escrever, de fazer das coisas simples da vida pequenas obras de arte. No tempo da comunicação, são os mais que se admiram com essa nossa apetência pelas escritas e que nos louvem não só a "coragem" como a capacidade para colocar aquelas palavras todas numa história que parecendo insignificante, comporta um volume de perto de duzentas páginas! E invariavelmente, com grande espanto e movidos por grande devoção, exclamam: "Não sei como foi capaz... ai eu não conseguia!"

1 comentário:

Anónimo disse...

Saber escrever bem é como fazer amor com as palavras... É um dom que nasce conosco! Eu adoro escrever!