12.2.11

AMEAÇAS

Durante muito tempo a ameaça maior foi, e talvez ainda não tenha deixado de ser, a entrada do FMI em Portugal. Agora, como muito maior actualidade, a ameaça mais evidente é a queda do governo em virtude da hipotética Moção de Censura que o Bloco de Esquerda se prepara para apresentar e teve o condão de ser anunciada com um mês de antecedência. Pelos vistos, vamos ter de viver de ameaça em ameaça. Interpretemos as duas.
Quanto ao FMI, provavelmente até nem seria assim tão mau pois é essa a conclusão que tiro de um artigo que li no Diário Económico online, e no qual se expressa a opinião de personalidades da vida política nacional que estiveram ligadas à visita do fundo em 1983. O pior dos efeitos seria o de passar um atestado de incompetência aos nossos governantes das duas últimas décadas, o que não seria nada de novo pois o portugueses já o sabiam!
Quanto à outra ameaça, a de queda do governo, não é nada que não se especule há algum tempo nos mais diversos corredores da política. Analistas, comentadores, economistas e políticos, já se manifestaram em diferentes momentos sobre o assunto. A Moção de Censura apresentada pelo BE, não é porém a mola detonadora desse acontecimento e é muito mais uma reacção à colagem do BE ao Partido Socialista durante as Presidenciais. Derrotado Manuel Alegre o BE tinha de tomar uma posição de força com uma mensagem do tipo "nós não queremos nada com eles que até são culpados dos maus resultados eleitorais"!
Visto bem tudo não passa de um jogo sem resultados, o FMI não vem e o governo não caia, pois como se aprende em economia as grandes ameaças permitem sempre grandes oportunidades.

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