26.2.11

O MERCADO

Atribulada a situação da Líbia como havia sido na Tunísia e no Egipto (desculpem eu continuo a escrever assim), mas que certamente não se vai esgotar na simples troca de ocupantes das cadeiras do poder. Aliás é confrangedor que os meios de comunicação tenham, sucessivamente, calado as notícias de um ou outro Estado, após surgir uma convulsão social num outro, como se no primeiro todos os problemas ou acontecimentos merecedores de ser notícias se tivessem esgotado de uma vez. O mercado assim obriga!
Claro está que nem me estou, sequer, a referir ao conceito de notícia, que a partir de um certo momento passou a estar exclusivamente relacionado com o que de mal acontece num certo lugar, ou qualquer coisa de invulgar em determinado sítio ou momento. Recordo aquela famosa frase (da qual agora não recordo o autor) que expressava: "notícia não é o cão morder no homem, mas sim o homem que mordeu no cão". Assim vistas as coisa pouco mais há a fazer nesta sociedade quanto ao que é noticiável e razões que levam a ser objecto de notícia. Tudo se resume a uma questão de mercado e ao que mexe mais com os valores emocionais das pessoas! O mercado assim determina.

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