23.9.10

"LA PALISSEANA"

Declarou hoje, na Universidade do Minho, em Braga o ex-Primeiro Ministro e empresário, Pinto Balsemão que "o país não é competitivo e é injusto porque as diferenças sociais mantêm-se". A afirmação não tem nada de novo, e embora seja "La Palisseana" peca por defeito, pois as tais diferenças não se mantêm... agravaram-se!
Quanto à não competitividade do país, ela resulta essencialmente do péssimo empresariado que temos, pois mesmo com não sei quantas alterações às leis laborais, quer no sector privado como público a fraca competitividade permanece. E não é preciso nenhum curso de economia ou de gestão para ver isso. Os tais empresários portugueses (que um certo estudo inglês classificou há anos como um patronato do século XIX - embora saibamos quão prepotentes são os ingleses) no momento em que lhes foi dada oportunidade para renovar os seus parques industriais, fizeram todo o tipo de "maningâncias" para enganar o país e a Europa. Facturas falsas de compras de maquinaria, ou a compra da mesma facturado como nova mas que já tinha mais de duas décadas, de tudo se serviram para fugir ao fisco e se amanharem com milhares de contos, ou de Euros, na proporção directa em que surgiam os carros de grande cilindrada, dos jipes e os empreendimentos turísticos no Algarve. Toda a gente sabe disso, que essa foi uma prática quase generalizada, mas ninguém teve coragem (por amizade, ou cumplicidade partidária) para denunciar e fiscalizar estes casos.
Ora como tal, outra verdade de La Palisse, sem ovos não se fazem omeletas, o que quer dizer com equipamento velho ou sem ele é impossível qualquer país ser competitivo, e o senhor Pinto Balsemão como outros que governaram este país têm culpa no cartório. La Palisse!

Sem comentários: