21.9.10

RE-ESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA

Há uns tempos atrás escrevi que as grandes alterações que se verificavam no nosso país no quadro do encerramento de serviços, Escolas, Hospitais e Centro de Saúde, entre muitos outros que ocorreram, tinham como objectivo a extinção de algumas freguesias e municípios, e até cheguei a dar palpites quanto aos números prováveis dessa extinção.
Por isso mesmo não estranhei em nada, as palavras hoje proferidas, aos microfones da TSF, pelo presidente da CIP, António Sardinha. Depois de fazer uma referência clara ao aumento dos impostos como processo ao não seguir para equilibrar as contas públicas, vincando a sua opinião que esse equilíbrio deveria ser feito do lado da despesa e não do lado da receita, aquele empresário foi taxativo ao declarar-se favorável à extinção de "institutos socialmente inúteis que só contribuem para a despesa" bem como acabar com "um conjunto de despesas do Estado em termos de número de governantes e de freguesias", reforçando que "há aqui um conjunto de matérias que corajosamente têm de ser avaliadas e tomarem-se as medidas correctoras no sentido da redução".
Claro que o presidente da CIP, não falou em municípios, mas mais tarde ou mais cedo o tema voltará para cima da mesa e a extinção de municípios entrará também na ordem do dia, porque esse processo já se está a verificar com o esvaziamento em concreto de algumas valências, o que aliás até já foi sugerido por António Costa (actual presidente do município de Lisboa) em 2005 (se não estou em erro) quando disse que a reforma do Estado passava também por uma re-estruturação administrativa (as palavras não teriam sido exactamente estas, mas era esse o sentido). E mais que qualquer orçamento esta vai ser a grande discussão política na próxima década: a Re-estruturação Administrativa

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