25.9.10

POLÍTICAS SOCIAIS

Há uns tempos para cá tem-se falado muito de políticas sociais, não só nosso país como pelo o resto da Europa. Habitualmente o teor dos discursos têm andado pela necessidade de implementar medidas que contribuíam para o decréscimo dos déficites dos países, vendo os respectivos governantes, a culpa de tal facto nas políticas sociais existentes. Porque me parece, não só que a análise é mal feita, mas também que os tais responsáveis governamentais pretendem tapar o sol com uma peneira, é justo que se diga, que as desigualdades sociais (o fosso entre os mais e mais pobres) não só na Europa como, genericamente, no resto do mundo, tem aumentado nas duas últimas décadas e estes dados que a própria OCDE tem divulgado com alguma frequência e sem que ocorra um desmentido taxativo dos governantes, verificando-se isso sim algumas justificações pouco sérias.
Bem é que a questão das políticas sociais, nem decorrem apenas de cada Estado, nem apenas da Europa. Este foi um avanço civilizacional que emergiu da própria ONU, na célebre conferência de 1966, em que pôs em cima da mesa perante os Estados membros uma série de padrões de vida que deveriam ser seguidos por todos e implementados num prazo de tempo razoável para que as desigualdades se vissem esbatidas, quer em África e na Ásia, onde elas eram maiores, mas também noutros continentes. Aliás para nós portugueses é fundamental que se recorde que a sua aplicação inicial se verificou com a iniciativa de Marcelo Caetano quando aprovou a aposentação para muitos trabalhadores que até essa data não estavam abrangidos por esse benefício. Por agora isto é só um escrito de reflexão, tema a que voltarei em breve.

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