Não é meu propósito plagiar o tema de os "Deolinda", nem tão pouco pôr-me aqui a cantar, arte que além de apreciar não tenho jeito nenhum para a mesma (não tenho os dotes da minha avó paterna nem do meu pai). Antes quero assinalar o facto de tudo se proporcionar para ir avante o Orçamento de Estado para 2011.
É sabido que logo após (algumas horas mais tarde) a convocatória do Conselho de Estado pelo Presidente da República, ecoaram vozes de diferentes interpretes dos dois negociadores tentando pôr água na fervura, esclarecendo que nem tudo estava perdido e que ainda era possível chegar a um acordo. Claro que tal posição só deve ter ocorrido, porque um e outro dos líderes devem ter chegado à conclusão que se encontravam em maus lençóis, não só porque de imediato os mercados responderam agressivamente, mas também pela rápida acção do Presidente da República, mas sobre isto não vou especular mais.
Porém hoje, exactamente em dia da reunião do Conselho de Estado (logo a partir das 17 horas) foram os próprios líderes a darem sinais significativos da aprovação do Orçamento de Estado, pelo menos na generalidade, a que serão introduzidas algumas alterações aquando da sua discussão na especialidade. Tudo isto envolve, certamente, uma estratégia partidária para ganhar alguma relevância no processo, mas, como ambos deveriam saber, o certo é que os mercados (a agiotagem) não gostou nada da brincadeira e puxou as orelhas aos rapazitos, e estes depois de repreendidos lá resolveram chegar a um "acordo"! Parece que agora sim, mesmo muito mau... vamos ter Orçamento!
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