19.11.10

GREVE GERAL

Estamos a poucos dias de mais uma Greve Geral. Talvez a mais significativa dos últimos 20 anos, não só pelo facto de estar relacionada com a difícil situação económica que o país atravessa, mas sobretudo porque a sua convocatória pela CGTP-IN arrastou consigo outros sectores sindicais, sobretudo na outra central sindical. Em alguns fóruns próprios já referi por várias vezes que não sou grande adepto das greves, muito embora nunca tenha falhado nenhuma, excepto em ocasiões em que por razão de formação, profissional ou académica estava condicionado por compromissos, nem pense vir a falhar quando elas são marcadas.
Contudo, no quadro da realidade sindical, há que repensar estratégias e opções que tenham um alcance mais profundo e mais eficaz na vida dos trabalhadores. O trabalho não pode ser visto com a mesma perspectiva de uma mercadoria, não pode ser entendido como uma exclusiva venda do esforço próprio, como aliás diz a nossa constituição é um direito. Assim sendo e se a cada direito podemos ligar um dever, ao ser-nos negado aquele quer em termos de desempenho, quer no âmbito de uma retribuição justa e adequada, podem os trabalhadores não cumprir com os seus deveres e neste aspecto tenho duas ideias que há muito ando a cogitar, pese embora qualquer uma delas poderem originar consequências perniciosas: negar o pagamento de Impostos (greve aos Impostos) e recusa de votar (greve eleitoral). Duas questões provavelmente que acarretam muita polémica, mas são apenas pistas a ter em conta, para que se tenham alternativas capazes de fazer frente a quem teima em desprestigiar o trabalho!

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