16.1.11

ACTOS E PALAVRAS

Anda por aí uma campanha eleitoral! Para as presidenciais, segundo o enquadramento legal, mas para a primeira volta das legislativas de acordo com alguns comentadores. Já agora quanto a estes devo dizer que odeio o termo "opinion maker" quer na sua expressão britânica, quer na sua forma aporteguesada de "fazedores de opinião", para mim são comentadores e mais nada, alguns muito maus, mas isso é outra conversa!
Referia-me à campanha para sublinhar o facto do actual presidente ter feito eco da injustiça que foi cometida contra os funcionários públicos! Se calhar terá razão nas afirmações que fez, mas por incrível que pareça a sua critica era no sentido de que o privados também deveriam ter os vencimentos reduzidos, o que certamente irá acontecer em 2012, com este ou outro governo porque o presidente deixou expresso tal sentimento. No entanto esqueceu-se o dito presidente presidenciável que isso já aconteceu ao não ser respeitado o acordo para o rendimento mínimo nacional que havia sido acordado entre os parceiros sociais!
Foi então que me recordei que o senhor estava a pensar unicamente em si e não nos portugueses nem no país. Tão simples como isto, até agora, em virtude de um regime especial o dito homem sério continuava a acumular as suas reformas com o vencimento de presidente, e no novo regime em que assenta o orçamento de Estado de 2011, essa excepção caiu definitivamente. Afinal as palavras são muito diferentes dos actos... e assim vai Portugal!

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