Está escrito nas firmes linhas do Orçamento de Estado e de outras leis avulsas que o governo foi expedindo, com a cumplicidade solene do Presidente da Republica e os ditames supremos dos mercados externos e com a complacência de uma União Europeia que não passa de uma mentira ilusória para o comum dos cidadãos, mas que é um frutuoso mana para os eurocratas, que este é o ano do Calvário. Do nosso triste Calvário!
Se é verdade que muitos ainda não sentiram os efeitos da "roubalheira" não tardarão muitas horas que isso se verifique. E acumulando dia após dia, iremos chegar á triste conclusão que cada vez sobra mais mês para o dinheiro que recebemos, enquanto os mentores de tal estratégia irão enriquecer cada vez mais, exactamente com a cumplicidade dos mesmos! Um povo que se agarra à televisão a ver "casas dos segredos" e coisas do género, não merece muito mais. Parece ser esse o nosso Calvário!
Quando todos, ou quase, dizem que os políticos é que são culpados, quando esquecem que todos somos políticos está tudo dito! E todos somos políticos na concepção que política é contribuir para a melhoria da vida em sociedade (tendo o termo polis - do grego - um alcance vasto) e que todas e cada uma das opiniões e acções é valida na medida que do debate sairão ideias e atitudes que moldarão o futuro. Para ter essa perspectiva é preciso uma educação que obrigue a aprender e a reflectir, e não a esperar que os outros resolvam tudo. No entanto esse é o nosso Calvário!
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