Li hoje uma notícia que me deixou furioso! Um senhor do qual não recordo o nome mas que é gerente de um banco qualquer de Nova Iorque recebeu só de prémios referente ao ano de 2010 qualquer coisa como mais de 12 milhões de euros, a mesma pessoa que terá visto o seu ordenado aumento em um milhão no decurso do ano passado.
Não consigo perceber o que fazem lá, como cá, os organismos fiscalizador, porque provavelmente os trabalhadores daquela instituição financeira nem tiveram aumentos nem prémios comparados ainda que salvaguardando as devidas diferenças em razão das responsabilidades e competências de uns e de outros. O que fere não é o facto do prémio elevado, mas sim a circunstância de aqueles que trabalham não terem usufruído de prémio nenhum. O mundo está completamente em roda livre e não há remédio. Não se vislumbra uma solução para estes atropelos!
Neste contexto a OIT deveria de ter a mesma capacidade de intervenção que possuem outros organismos internacionais, desde poder obrigar o Estado a levantar um inquérito e caso se justificasse a levar a tribunal a entidade patronal, bem como o beneficiado. Enquanto isso não for possível, a intervenção mais directa e eficaz da OIT, este tipo de práticas não para de ocorrer, e isto não tem nada a ver com os mercados, mas como descaramento, para não utilizar outro termo bem mais forte, como já usei. Não há remédio mesmo!
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