21.8.10

O MITO AUTÁRQUICO

Já aqui deixei algumas opiniões, relativamente ao mito da boa governação autárquica que em dado momento foi criado no país. Hoje escrevo mais uma reflexão sobre o assunto, e vou começar pelos gastos, porque na maioria das autarquias não há os investimentos, mas sim gastos, pois são coisas totalmente diferentes. A maioria das autarquias perdem-se em gastos desnecessários sem a preocupação de fazer investimentos.
O país encheu-se de rotundas e de passadeiras sobre-elevadas, já alguém fez um estudo sobre a eficácia, a eficiência, isto é as vantagem que isso trouxe para os cidadãos. Veja-se o número de mortos nas cidades, não houve qualquer alteração. A "rotundomania" foi apenas um modo de se pagarem favores eleitorais, através de obras na sua maioria desnecessárias, mal enquadradas e "sem qualquer utilidade", parafraseando o autor e arquitecto Edgar Linch.
Sobre as passadeiras sobre-elevadas, além dos graves prejuízos que causam aos veículos e por arrasto aos proprietários, só devem ter alguma vantagem para as oficinas, isto é para um grupo reduzido de cidadãos. Claro que mais uma vez estas obras são levadas a efeito por certas firmas ou empresas que de um modo ou outro apoiaram o candidato vencedor das eleições autárquicas ou que a partir de certo momento (deixado o poder) manobra diferentes canais de concursos, com influência junto de alguns decisores, nem que para isso passe a ter um cargo qualquer na dita empresa.
Por agora estamos conversados, mas o mito autárquico ainda tem muito que se lhe diga, como a história das viagens/excursões para os "velhinhos"! Lá chegaremos!

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