12.12.10

ATÉ CUSTA A ACREDITAR

Venho do Lar da 3ª Idade, de visitar a minha mãe, o que faço todos dias em que estou em Tomar e que não sou impedido por circunstâncias extraordinárias. Encontrei o meu amigo Z e porque a última vez que tinha estado com ele foi de grande emoção por causa da filha, toquei no assunto e com a mesma simplicidade com que sempre viveu, assim me respondeu: "voltou para o mesmo depois de muitas promessas que não voltaria!"
O meu amigo desde longa data, dos tempos do dirigismo associativo que ambos partilhámos ainda que em colectividades distintas, tem três filhas. Naquilo que é uso dizer-se nenhuma delas teve grande sorte, também é certo que as respectivas opções conduziram a isso, embora fossem três raparigas lindas e de fazer "parar o trânsito". Mas aquela que foi assunto da nossa conversa é a que se encontra em pior situação.
Depois de ter sido encontrada na Cova da Moura, por um antigo colega de Escola que agora tem funções de direcção na polícia, foi trazida para casa e ali se manteve durante quatro semanas, até que voltou a desaparecer durante três regressando apenas para tentar meios para a droga. No seu esforço de pai, o Z, tem tentado tudo mas não consegue apesar do seu esforço. Ele mostrou-me uma fotografia do estado físico em que ela se encontrava quando permaneceu no lar paterno e fiquei horrorizado... não era possível ser a mesma pessoa que eu conheci, até custa a acreditar o que a toxicodependência faz ao ser humano! Fiquei quase em estado de choque!

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