17.12.10

A TAL FLEXIBILIDADE

O nosso primeiro-ministro, certamente o pior desde que tal cargo existe no nosso país, mesmo que se contabilize o tempo da monarquia, meteu na gaveta a democracia com a conivência do Presidente da República, e seguindo as previsões de Manuela Ferreira Leite há uns tempos atrás e as determinações da União Europeia. Qualquer regime em que não haja justiça, nunca pode ser identificado como democracia, e um regime que explora a parte mais fraca, não é nem nunca será uma democracia. Aquilo que hoje chamamos o Portugal democrático é uma farsa, vivemos num regime tecnocrático pago pelo grande capital e só a ele obedecendo.
Uma tecnocracia que tem como base Bruxelas e que tem conduzido a Europa à penúria, porque lhe interessa cada vez mais bem servir quem lhe paga. Nesse contexto, alguma inteligência suprema descobriu há una anos a flexibilização laboral. Digamos antes, a escravidão laboral do século XXI, e todos os eurocratas aplaudiram pois tal nova política permite-lhes meter mais uns milhares de euros nos bolsos, enquanto "hordas" de trabalhadores deixam de ter direitos, inclusive o direito à sua vida privada. Sócrates é um ferrenho adepto dessa filosofia, tal como o tinha deixado antever na alteração introduzida no Código de Trabalho. Sabia que a qualquer momento ia servir-se dessa arma para destruir com eficácia a capacidade de reacção dos trabalhadores e contando com o apoio da UGT -lo anteontem. Mas a UGT não se vai rir durante muito tempo, por a seguir (se calhar mais depressa do que se pensa) vai ser impedida a actividade sindical, através de uma lei qualquer com a fundamentação da urgência e necessidade nacional. A tal flexibilidade, não passa de um regime de escravidão que se está a iniciar!

Sem comentários: